O deputado Federal Bira do Pindaré (PSB/MA) voltou a tratar sobre a Reforma da Previdência apresentada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Da tribuna da Câmara dos Deputados, o socialista chamou atenção para as regras que a matéria impõe aos trabalhadores e trabalhadoras rurais.
Ele afirmou que a proposta do presidente é um projeto devastador e uma violência contra as pessoas que vivem da atividade rural no país, que, frisou, representam uma parcela importante da população.
“No meu estado, as pessoas que vivem da atividade rural representam quase a metade da população, e elas não têm outra perspectiva a não ser viver da agricultura familiar de subsistência, trabalhando debaixo do sol quente e colocando o alimento fresquinho nas nossas mesas”, frisou.
O parlamentar citou como um dos pontos preocupantes a questão das mulheres que trabalham neste tipo de atividade, que terão que trabalhar cinco anos a mais para ter direito a previdência. Ele lembrou também que a contribuição que não existe para os rurais, passa a ser fixada em seiscentos reais.
“Pode ser pouco para mim ou para qualquer deputado, mas para um trabalhador rural, pagar seiscentos reais durante 20 anos, é a mesma coisa de exclui-lo do direito a aposentadoria. O período de aposentadoria por idade, com essa proposta, é ampliado para 20 anos, e o Benefício da Prestação Continuada (BPC), que era 65 anos, agora sobe para 70. As pessoas, que muitas vezes não tiveram chance de acessar o mundo do trabalho, na terceira idade, momento que mais precisa, não terão sequer o acesso o benefício. As pessoas com deficiência a mesma coisa”, protestou.
Bira do Pindaré voltou a questionar o motivo pelo qual o governo Federal não cobra os devedores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que, segundo pontuou, devem quase quatrocentos e cinquenta bilhões de reais.
“Por que não começam pelos ricos? Por que não se taxa as fortunas? Por que não se cobra das heranças dos ricos e bilionários desse país? Por que não se cobra do sistema financeiro? Por que essa conta tem que cair na costa dos mais pobres? É isso que não aceitamos e vamos discutir aqui com toda energia e firmeza. Não podemos aceitar essa maldade com o povo brasileiro, por isso vamos prosseguir com essa luta no Brasil inteiro”, concluiu.
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